Matador de presos que tramaram sequestro de Moro é condenado a 60 anos

12 de Junho 2025 - 16h41
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Luís Fernando Baron Versalli, conhecido como Barão, de 54 anos, foi condenado a 60 anos de prisão pelo assassinato de dois ex-integrantes da alta cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC), dentro da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP), em junho de 2024.

As vítimas, Janeferson Aparecido Mariano Gomes (Nefo) e Reginaldo Oliveira de Souza (Rê), pertenciam à Sintonia Restrita — núcleo estratégico da facção responsável por planejar atentados contra autoridades, como o ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR).

Os crimes ocorreram no dia 17 de junho, durante uma inspeção da juíza-corregedora Renata Biagioni. Ambos foram mortos com golpes de canivete e punhal. Barão foi responsabilizado pelo duplo homicídio, enquanto Elidan Silva Céu, o Taliban, de 46 anos, recebeu pena de 30 anos pela morte de Nefo.

As execuções foram registradas por câmeras de segurança, o que ajudou a reconstruir a dinâmica dos assassinatos.

Outros dois detentos, Jaime Paulino de Oliveira (o Japonês, 47) e Ronaldo Arquimedes Marinho (o Saponga, 53), também aparecem nos registros e ainda serão julgados. Nenhum dos envolvidos confessou participação.

Antes de serem mortos, Nefo e Rê estavam presos desde março de 2023 por suspeita de planejar ataques contra Moro e o promotor Lincoln Gakiya, do Ministério Público de SP, investigados na Operação Sequaz da Polícia Federal.

Entre os acusados, Saponga chama atenção por sua longa ficha criminal. Preso desde 1989, ele tem mais de 70 faltas disciplinares e condenações que somam mais de 40 anos. Taliban também possui histórico violento e já foi acusado de matar um preso por asfixia em 2005, na Penitenciária 2 de Itirapina.