Marcinho, ex-Botafogo, confirma que dirigia o carro que atropelou casal

04 de Janeiro 2021 - 15h44
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O ex-jogador do Botafogo Marcinho e o pai dele, Sergio Lemos de Oliveira, prestaram depoimento hoje (4) na 42ª delegacia da Polícia Civil, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste da capital do Rio de Janeiro. O atleta assumiu que atropelou um casal de professores na última quarta-feira (3) e não prestou socorro.

Segundo o delegado Alan Luxardo, que comanda as investigações, eles confirmam que Marcinho estava conduzindo o carro no momento do acidente. Os dois ainda disseram que ele o lateral-direito estava a aproximadamente 60km/h e negam que estivesse alcoolizado.

"Ele alegou que estava dirigindo em velocidade normal, isso vai ser comprovado com a perícia. E que o casal entrou na frente dele de forma repentina, foi isso que ele alegou. Nós vamos atrás de testemunhas, que já estão identificadas, para verificar essa versão", afirmou o delegado.

Pela versão de Marcinho e do pai, o jogador acertou Alexandre Silva de Lima em cheio quando tentava desviar de Maria José Cristina Soares. Eles tainda disseram polícia que Marcinho fugiu sem prestar socorro porque teve medo medo de ser linchado pelas testemunhas.

"O Márcio é uma pessoa pública, recebe ameaças pela torcida do Botafogo já há algum tempo. Tem lugar que ele nem frequenta por causa disso. Ele ficou muito assustado na hora, com vidro nos olhos, e ficou com medo de ser linchado porque as pessoas estavam juntando no local", disse o advogado Gabriel Habib.

"Foi um acidente, foi inevitável. O casal atravessou fora da faixa de pedestres. Estava escuro, a praia estava cheia, ele não conseguiu frear a tempo. Mas ele está muito preocupado com a assistência à família. Tudo que ele pode fazer pela família, ele está fazendo", completou.

Alexandre Silva de Lima morreu no local e Maria Cristina José Soares ficou em estado grave. Maria, que tem 66 anos, agora recupera de uma cirurgia realizada nas duas pernas e encontra-se no CTI. Ela ainda não foi ouvida pela polícia.

O delegado frisou que não há mais dúvidas de quem estava conduzindo o veículo no momento do atropelamento, porém disse não poder tirar outras conclusões por enquanto.

"Houve fuga, isso eu não vejo como sendo diferente. E isso tudo vai ser levado em consideração no inquérito policial. Houve uma situação grave, uma saída do local", afirmou o delegado, que ouvirá testemunhas entre amanhã e quarta-feira.

Fonte: GE