Manejo do melão no RN apresenta bons resultados mesmo com pandemia

24 de Junho 2020 - 05h49
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Uma das maiores fornecedoras de fertilizantes especiais do mundo, a Brandt, investe em pesquisas e desenvolvimento de melão. Alguns produtos da empresa já foram testados em universidades do Rio Grande do Norte e os primeiros resultados são animadores. “Nossos tratamentos aumentaram a produtividade e a qualidade dos melões nos trabalhos realizados. Itens já tradicionais em nossa linha também podem contribuir imediatamente para a melhoria dos resultados da cultura dessa importante fruta”, destaca Antonio Coutinho, Diretor de Inovação da Brandt do Brasil.

A produção brasileira de melão mantém-se estável nos últimos 10 anos, sem crescimento expressivo. A área cultivada é aproximadamente de 24 mil hectares, com produção estimada em 582 mil toneladas anuais. “Em 2020, esperava-se incremento importante de exportações para a China. A expectativa era vender 25% a mais do que as atuais 250 mil toneladas. Mas possivelmente esta previsão tenha um resultado diferente, por conta de algumas limitações impostas pela situação em que estamos passando com a COVID-19”, informa Coutinho.

De acordo com o diretor da Brandt, problemas de logística dentro da China também impactaram negativamente as exportações. “Mesmo diante das dificuldades, os produtores trabalham para colocam a fruta no mercado interno, especialmente nas regiões de maior consumo, como o Sudeste”.

O Nordeste produz 90% do melão brasileiro. O Rio Grande do Norte lidera, com 338.615 t, seguido pelo Ceará, com 85.219 t. A fruta enfrenta adversidades frequentes. Nas propriedades, as doenças e pragas representam as maiores dificuldades. A doença cancro-das-hastes e a praga mosca branca são as principais inimigas. Externamente, problemas de logística e baixo consumo do continente europeu, pressionam a cultura do melão.