Mais vazamentos mostram que Dallagnol incentivou cerco da Lava Jato a Toffoli

01 de Agosto 2019 - 03h35
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O chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol, incentivou colegas em Brasília e Curitiba a investigar o ministro Dias Toffoli sigilosamente em 2016. Na época, o atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) começava a ser visto pelo grupo como uma ameaça a Lava Jato. 

A informação consta em novos vazamentos obtidos pelo The Intercept Brasil e analisadas pela Folha de São Paulo. Segundo o jornal, Deltan teria buscado informações sobre as finanças pessoais do ministro e da mulher dele, além de levantar evidências que os ligassem a empreiteiras envolvidas com a corrupção na Petrobras.

"Ministros do STF não podem ser investigados por procuradores da primeira instância, como Deltan e os demais integrantes da força-tarefa. A Constituição diz que eles só podem ser investigados com autorização do próprio tribunal, onde quem atua em nome do Ministério Público Federal é o procurador-geral da República", informa a Folha.