
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomou o uso de expressões relacionadas à religião ou a pautas conservadoras na última semana. O petista havia feito um hiato nas menções do tipo logo que fortes enchentes atingiram o Rio Grande do Sul a partir do final de abril. A estratégia é uma tentativa de se aproximar do eleitorado evangélico que, em grande parte, se alinhou nos últimos anos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na 6ª feira (21.jun.2024), Lula se declarou cristão e disse que a família é a “base elementar da construção de uma sociedade democrática” ao comentar sobre decisão do Congresso que proibiu as saidinhas temporárias de presos para visitar familiares. O presidente havia vetado um projeto sobre o tema, mas seu veto foi derrubado.
“Nós que somos cristãos defendemos tanto a família, como é que a gente tenta evitar que a família atenda uma pessoa que está necessitando da família? […] Como eu sou um cidadão democrático, cristão e tenho uma família maravilhosa –eu tenho 5 filhos, 8 netos, uma bisneta– contra a vontade da minha bancada que era contra eu vetar, eu falei ‘eu vou vetar por uma questão de princípio’. Quando eu morrer, o que vai ficar na minha biografia são as atitudes que eu tive neste país”, disse em entrevista à rádio Mirante News, de São Luís (MA).
Poder 360