Justiça italiana confirma condenação de Robinho a 9 anos de prisão por estupro

10 de Dezembro 2020 - 11h21
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A Justiça italiana confirmou a condenação em segunda instância do jogador Robinho e do amigo Ricardo Falco a 9 anos de prisão pelo estupro coletivo de uma jovem albanesa em janeiro de 2013. A defesa do atleta disse que entrará com pedido de recurso em terceira instância.

"[Foi] Uma investigação bem feita, de modo sério, com uma sentença de primeiro grau correta. Profissionalmente, estou muito satisfeito, principalmente pela vítima", afirmou o procurador do Ministério Público, Cuno Tarfusser, que atuou no caso em segunda instância.

Robinho foi representado pelos advogados italianos Alexander Guttieres e Franco Moretti. Moretti foi quem se pronunciou na audiência. A advogaada brasileira Marisa Alijia também esteve presente. Ela proibiu que os advogados italianos falassem à imprensa brasileira.

A defesa do jogador apresentou um recurso com 65 páginas, 19 anexos e 4 consultorias técnicas. Os advogados tentaram desmontar a sentença que condenou Robinho a 9 anos de prisão. Moretti afirmou que não há prova de que a vítima se encontrava em condição de inferioridade física e psíquica. Ainda segundo os advogados do atleta, não é possível provar que de 30 a 50 minutos, 6 pessoas cometeram ato sexual sem consentimento.

O grupo ainda afirmou que algumas traduções estariam erradas, e que, pela transcrição das interceptações, não há como provar que Robinho teve relação sexual completa com vítima, "somente" oral.

Também foram apresentadas algumas imagens achadas em um HD onde foi feitaperícia técnica para provar que o jogador na presença amigos naquela noite. Ainda foi divulgado um dossiê sobre a vida pessoal da vítima, com 42 fotografias tiradas das redes sociais da vítima na tentativa de provar que ela tinha familiaridade com bebidas alcoolicas.

O procurador Cuno Tarfusser afirmou que os fatos são indiscutíveis: que 3 jovens foram a um local em Milão, onde se juntaram aos brasileiros. Em seguida, a garota certamente bebeu e foi deixada sozinha pelas outras. Em 40-50 minutos, houve relação sexual com a garota no camarim.

A defesa de Ricardo Falco falou por aproximadamente 10 minutos e se ateve ao que já tinha apresentado por escrito.

Já o advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, pediu que a corte confirmasse a condenação.

Após uma audiência de duas horas, a corte de apelação deixou a Câmara de Conselho para análise do caso e retornou para confirmar a condenação dos brasileiros.

Fonte: UOL