Jovem com azia descobre câncer terminal no estômago aos 28 anos

27 de Junho 2025 - 15h43
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Georgia Gardiner, de 28 anos, moradora de Leeds, na Inglaterra, levou um choque ao descobrir que suas dores constantes na parte superior do estômago não eram azia ou refluxo, como diagnosticado inicialmente por médicos, mas sim uma forma rara e agressiva de câncer gástrico em estágio terminal.

Mesmo com uma rotina saudável, Georgia passou por ao menos seis atendimentos médicos antes de ser encaminhada para exames mais aprofundados. O diagnóstico de linite plástica — tipo de câncer que causa o enrijecimento da parede do estômago — foi confirmado em junho, já em estágio 4, o mais avançado da doença, com metástase nos gânglios linfáticos da região torácica. Segundo os médicos, a expectativa de vida pode ser de até um ano.

“Meu corpo estava rejeitando tudo. Era uma dor aguda e contínua”, contou Georgia ao DailyMail. Ela relata ter perdido completamente o apetite e sofrido com náuseas constantes.

O câncer de estômago, apesar de raro em pessoas jovens, é uma das formas mais letais da doença quando diagnosticado tardiamente. Seus sintomas são muitas vezes confundidos com quadros comuns de má digestão, o que retarda o diagnóstico. Entre os sinais estão perda de peso e de apetite, sensação de estômago cheio, fadiga, vômitos, fezes escurecidas e dor abdominal persistente por mais de duas semanas.

Segundo a instituição Cancer Research UK, cerca de 6,5 mil casos são diagnosticados por ano no Reino Unido, com 4 mil mortes. Nos EUA, são mais de 30 mil casos anuais e 11 mil mortes. A maior parte dos diagnósticos ocorre após os 75 anos, mas, quando identificado no início, o câncer gástrico pode ter taxa de sobrevida de até 65% em 10 anos.

Georgia, que não tem histórico familiar de câncer, agora compartilha sua história nas redes sociais para alertar sobre os perigos do diagnóstico tardio. “Se meus sintomas tivessem sido investigados com mais seriedade desde o começo, talvez a doença tivesse sido descoberta quando ainda havia chance de tratamento”, lamentou. Hoje, ela dedica seu tempo à família e à conscientização sobre a importância de exames precoces.