Itaú processa ex-diretor por receber R$ 4,8 milhões "indevidamente"

07 de Dezembro 2024 - 13h57
Créditos: Divulgação

O Itaú Unibanco ajuizou, na sexta-feira (6/12), uma ação na Justiça paulista na qual acusa seu ex-diretor financeiro Alexsandro Broedel de ter violado políticas internas e agido em “grave conflito de interesses”, supostamente em benefício próprio, em contratações de pareceres técnicos. A acusação consta de uma ata da assembleia geral extraordinária da instituição financeira, publicada na imprensa neste sábado (7/12).

Broedel atuou no Itaú por 12 anos. Em julho, ele pediu demissão para assumir um cargo executivo na sede do Santander, na Espanha. Dali, passou a comandar a unidade global de contabilidade do banco espanhol. Em nota, o executivo negou as acusações feitas pelo Itaú.

Na ação, o Itaú afirma que Broedel era dono de uma empresa em sociedade com o consultor Eliseu Martins, um dos maiores especialistas em contabilidade do Brasil, ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Banco Central (BC).

De acordo com as investigações do banco, o ex-CFO contrataria pareceres da empresa de Martins e, por meio de uma engenharia financeira que abrangia outras companhias, recebia parte do valor dos contratos.

Em nota, o Itaú afirmou que, nos últimos cinco anos, Broedel aprovou contratações de pareceres e pagamentos no valor total de R$ 13,2 milhões, sendo 10,4 milhões entre 2022 e 2024, para empresa ligada ao fornecedor do qual era sócio.

A seguir, diz o comunicado do banco: “Foram apurados, ainda, fortes indícios de que o fornecedor redirecionava parte do recebível diretamente para contas de Alexsandro Broedel Lopes, em 23 transferências, realizadas no período de 2019 a 2024, no valor total de R$ 4,86 milhões, primordialmente para contas em outras instituições, usando empresa intermediária”.

Com informações do Metrópoles

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