Indígena de 11 anos é arremessada de penhasco após sofrer estupro coletivo

11 de Agosto 2021 - 10h46
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Na última terça-feira, 9, o corpo de uma indígena Kaiowá de 11 anos foi encontrado em uma pedreira nas proximidades da aldeia Bororó, em Dourados, no Mato Grosso do Sul. Raissa da Silva Cabreira foi jogada do topo de um penhasco após ser estuprada por cinco homens, segundo relatório policial.

Todos os suspeitos, que estão sendo investigados, confessaram o crime. Um era tio da menina e outros três eram menores de idade. Em depoimento, eles contaram que obrigaram a criança a beber cachaça antes do crime de estupro coletivo ocorrer. A garota chegou a desmaiar, mas acordou quando estava sendo violentada. Os homens disseram que a jogaram do penhasco porque ela havia dito que os denunciaria.

"Durante a barbárie, o tio da vítima chegou ao local e também participou do crime(...) Eles decidiram jogá-la do penhasco para não serem descobertos", disse a Polícia Civil do MS em relatório. Segundo reportagem do UOL, dois adolescentes levaram a vítima para o penhasco, sendo que os outros três chegaram depois. Por se tratar de um lugar afastado, ninguém da aldeia disse ter escutado os gritos de socorro da menina.

Nua e dilacerada

O corpo da indígena foi encontrado sem roupas, no meio das pedras, com uma das pernas dilaceradas. De acordo com legistas do Instituto Médico Legal de Dourados, o ferimento foi causado pela queda. Análises também concluíram que a criança foi estuprada antes de ser assassinada, mas um laudo mais completo deve ser divulgado ainda nesta semana.

Detidos, os dois suspeitos maiores de idade serão indiciados por três crimes: estupro de vulnerável, feminicídio e homicídio qualificado. Os três adolescentes, por questões envolvendo idade e lei, não responderão pelos mesmos crimes.