Homem é indenizado em R$ 2,1 milhões por festa de aniversário surpresa no escritório

19 de Abril 2022 - 12h19
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Um homem de Kentucky, nos Estados Unidos ganhou uma ação de US$ 450 mil (R$ 2,1 milhões) após processar a empresa que trabalhava por uma festa de aniversário surpresa. 

Kevin Berling diz que avisou previamente seu chefe que um evento desse provocaria estresse e ansiedade.

Segundo o autor do processo, a festa de aniversário indesejada de 2019 na Gravity Diagnostics lhe causou uma série de ataques de pânico. 

A empresa negou qualquer irregularidade. 

De acordo com a ação movida no condado de Kenton, em Kentucky, Berling – que sofre de transtornos de ansiedade – pediu a seu gerente que não comemorasse seu aniversário no trabalho como normalmente acontece com os funcionários, pois poderia resultar em um ataque de pânico e traria de volta memórias de infância desconfortáveis. 

Apesar do pedido de Berling, a empresa, especializada em testes de covid-19, fez uma festa surpresa para ele em agosto de 2019, provocando um ataque de pânico. Ele rapidamente saiu da festa e terminou seu almoço no seu carro. 

O processo observa que Berling foi “confrontado e criticado” em uma reunião no dia seguinte, quando foi acusado de “acabar com a alegria dos colegas de trabalho” e “de ser um maricas”.

A reunião tensa, ele alega, provocou um segundo ataque de pânico. Ele ficou em casa nos dias seguintes. 

Em 11 de agosto, a Gravity Diagnostics o demitiu, alegando preocupações com a segurança no local de trabalho. 

Berling entrou com o processo dizendo que a empresa o discriminou por causa de uma deficiência e que foi alvo de uma injusta retaliação por ter feito o pedido. 

Após um julgamento de dois dias no final de março, o júri concedeu a Berling US$ 450 mil, incluindo US$ 300 mil por sofrimento emocional e US$ 150 mil em salários perdidos. 

A chefe do escritório de operações da empresa, Julie Brazil, disse ao canal de notícias local Link NKY que a Gravity Diagnostics mantém sua decisão de demitir Berling. 

Segundo Brazil, o ex-funcionário violou uma “política sobre violência no local de trabalho”. 

“Meus funcionários foram as vítimas neste caso, não o demandante”, disse ela, acrescentando que a empresa contesta o resultado e avalia entrar com um recurso.

Com informações do Terra Brasil Notícias.