
O Ministério da Fazenda, chefiado por Fernando Haddad (PT), está desde o início de maio de 2023 sem fazer seguros para exportações de alto valor agregado. A consequência direta é a interrupção de novas vendas, o que pode causar um prejuízo de ao menos R$ 1,5 bilhão em 2023. Os cálculos são de pessoas ligadas ao ministério tomando como base a expectativa de exportações desses produtos no ano.
A atribuição de fazer seguros para exportações é da ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias). Mas, em 30 de abril de 2023, o contrato da agência com o governo federal foi encerrado e novos seguros deixaram de ser feitos.
Sem a garantia, os riscos aumentam e as empresas exportadoras não deixam de enviar seus produtos para outros países por medo de calote.
Inicialmente, havia uma disputa entre os ministérios de Fernando Haddad (Fazenda) e de Geraldo Alckmin (MDIC) sobre qual pasta teria a agência sob sua alçada. Oficialmente, a ABGF pertence ao ministério da Fazenda. Mas é a Camex (Câmara de Comércio Exterior), do MDIC, quem faz a gestão.
O MDIC buscava trazer a agência para a pasta e dar mais celeridade aos processos. Haddad, por outro lado, quer aumentar as suas atribuições. Segundo pessoas próximas a Alckmin, ele cedeu na disputa. A ABGF ficará com a Fazenda.
Com informações de Poder 360