"Há ambiente favorável no Nordeste a Bolsonaro", diz Rogério Marinho

18 de julho 2020 - 04h57
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Em entrevista concedida esta semana ao Estadão, o ministro potiguar Rogério Marinho, do Desenvolvimento Econômico, foi questionado sobre a série de ações do Governo Federal no Nordeste sob o comando de sua pasta. Na resposta, o ex-deputado federal disse que está dando visibilidade aos projetos e que já sente um clima favorável ao presidente Jair Bolsonaro na região, única região onde ele foi derrotado nas eleições passadas. Confira a resposta abaixo.

O sr. tem viajado muito ao Nordeste, inclusive com o presidente Jair Bolsonaro. Foi a única região onde ele perdeu a eleição. O sr. está criando uma ponte para ele melhorar sua imagem?

O que estou fazendo é dar visibilidade a políticas que já existem. Talvez performando melhor, deixando mais claro o que o ministério está fazendo, chegando mais próximo do nosso cliente, que é o cidadão brasileiro. As ações têm um foco muito forte em combater desigualdades regionais, e não há região mais emblemática e mais referencial do que Nordeste e Norte. São regiões que têm IDH menor que a média, precisam ser tratadas de forma desigual. O fato de o presidente começar a estar mais próximo do Nordeste se deu muito mais pelo fato de que começamos a mostrar a ele o que o ministério está fazendo, o que o governo que ele comanda está fazendo, do que uma estratégia deliberada de melhorar sua imagem. Até porque tenho sentido que já há um ambiente muito favorável no Nordeste ao presidente.

Isso é política pública na veia. Trabalhar com cisternas, adutoras, transposição de rios, barragens, perímetros irrigados, substituir o carro-pipa, emancipar essas populações é uma ação importante para o governo. Mas não posso deixar de dizer que realmente é uma dádiva, uma bênção para qualquer administrador público ter a possibilidade de executar ações desse naipe, com esse perfil.

Para que as políticas públicas tenham efetividade, o presidente também precisa ter resolutividade na apresentação e aprovação dessas políticas públicas junto ao Congresso Nacional. O movimento que o presidente faz é inteligente, ele busca o apoio congressual para colocar em prática as ideias que defendeu enquanto candidato. E é isso que a sociedade espera dele. O presidente é o único que eu conheço que formou um primeiro escalão sem conversar com os partidos políticos. O fato de os partidos estarem ocupando espaços dentro da administração é perfeitamente natural aqui e em qualquer lugar do mundo. Os partidos vêm e se comprometem com a administração e com a pauta.