Greve dos caminhoneiros fracassou por uso político, diz ministro de Bolsonaro

02 de Fevereiro 2021 - 02h55
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Principal articulador do governo com os caminhoneiros, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse que a convocação de greve para esta segunda-feira (1º) fracassou, mas deixou lições. Na avaliação do ministro, os caminhoneiros mostraram que estão ganhando maior consciência da realidade do mercado e que a tentativa de uso político do movimento acabou culminando com a baixa adesão.

"Eles sentiram o cheiro de uso político e isso foi decisivo para o afastamento dos caminhoneiros da greve", afirmou o ministro em entrevista à coluna de Carla Araújo, do UOL. "A primeira lição que tivemos hoje é que o caminhoneiro não se deixa enganar e sabe que não é qualquer liderança que o representa".

Tarcísio afirmou que desde o início do governo mantém diálogo com a categoria e que, mesmo descentralizados, o caminhoneiro está buscando uma profissionalização, por meio de associações e cooperativas.

"Existe uma dificuldade de representação orgânica, mas hoje ficou provado que não é qualquer um que se auto intitula líder dos caminhoneiros. Houve um chamamento de greve por parte de pessoas que não tinham liderança", disse.

Tarcísio afirmou ainda que nas conversas que mantém com "os trabalhadores do volante" há uma tentativa de mostrar que o governo não pode atender todas as reivindicações, mas que busca auxiliar a categoria.

"A gente não tem condições de resolver todos problemas, mas a gente está disposto a prestar contas", disse. O ministro, que participa de dezenas de grupos de WhatsApp com caminhoneiros, afirmou que costuma também ligar para alguns profissionais e que hoje recebeu diversas mensagens para explicar a não adesão ao movimento.

Com informações de UOL