Golpe do emprego: a cada minuto duas vagas falsas são enviadas para celulares

05 de Junho 2022 - 07h44
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Está cada vez mais difícil encontrar alguém que nunca tenha recebido no celular uma mensagem, via SMS, WhatsApp, ou direct message nas redes sociais, com a oferta de uma tentadora – e falsa! – vaga de trabalho. O motivo é que, a cada minuto, dois golpes desse tipo são aplicados no Brasil, informa Marco de Mello, CEO da PSafe, no blog da empresa de segurança digital.

Esses golpes existem por um simples motivo: eles dão certo. Há anos, hackers e golpistas com um bom conhecimento de programação para dispositivos móveis contam com um ambiente favorável para a prática desse tipo de fraude, e o número de tentativas e de vítimas só aumenta. Segundo levantamento da empresa PSafe, entre setembro de 2021 e fevereiro de 2022 foram detectadas mais de 600 mil tentativas de fraude, uma média de 120 mil por mês.

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Os golpes mais enviados para celulares atualmente usam nomes de empresas grandes e conhecidas, oferecem vagas que exigem pouca ou nenhuma qualificação, com promessa de flexibilidade de horário, possibilidade de trabalho em home office, e remuneração que pode ultrapassar os R$ 5 mil. Na maioria das vezes, quem recebe a mensagem já foi selecionado, mas ainda precisa fazer “mais alguma coisa”, e é aí que está o golpe.

Essa “tarefa a mais” pode ser algo bem simples, como clicar em um link, que provavelmente vai direcionar a pessoa para um site falso, com uma ficha de cadastro a ser preenchida, onde todos os dados pessoais do “candidato” serão armazenados. Ou, então, o link vai permitir o download de algum software que consiga acessar os aplicativos que guardam as informações salvas no celular, inclusive confidenciais, como as bancárias.

Também há casos em que o dono do aparelho perde o acesso à própria conta dos aplicativos de mensagens instantâneas (WhatsApp e Telegram), ou das redes sociais. Depois, elas são usadas pelos impostores para extorquir pessoas da rede de contatos da vítima. Outra possibilidade é o fraudador convencer o usuário a fazer um pagamento, por transferência bancária ou Pix, referente a um exame admissional, curso ou treinamento, mesmo sem ainda ter sido contratado. A criatividade de quem comete esse tipo de crime não tem limites.

Com informações do R7