Gigante do varejo fecha 300 lojas físicas e demite 3.600 funcionários

08 de Agosto 2020 - 07h37
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A varejista Máquina de Vendas, controladora da rede Ricardo Eletro, protocolou nesta sexta-feira um pedido de recuperação judicial. A companhia, que tem dívidas superiores a R$ 4 bilhões, também anunciou o fechamento de suas 300 lojas físicas.

A empresa foi a 22º maior varejista do país no ano passado de acordo com o ranking elaborado pelo Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado), com receita anual estimada em R$ 5,5 bilhões. No mesmo ranking, em 2011, ela estava em 5º lugar.

A Máquina de Vendas já passava por dificuldades financeiras há anos, e estava em recuperação extrajudicial desde 2019. Os principais credores da empresa são os bancos Bradesco, Itaú e Santander, a fornecedora Whirpool, o fisco e a gestora de fundos Starboard.

– Vínhamos em uma crescente até o início do ano, mas fomos pegos pela pandemia. Não temos acesso a crédito, e foi frustrante para a gente o governo não ter uma solução para as empresas – disse o sócio e presidente da empresa Pedro Bianchi.

Segundo o executivo, a companhia demitiu 3.600 funcionários nesta semana devido ao fechamento das lojas físicas, que é definitivo. A empresa manteve 900 empregados.

– A gente entende que haverá uma retração de demanda grande no segundo semestre e não conseguimos manter os custos fixos de aluguel, salários.

Segundo Bianchi, a Máquina de Vendas quer usar R$ 125 milhões que tem depositados na Justiça para pagar a rescisão dos demitidos. O montante, diz o executivo, é suficiente para quitar o passivo com os recém-dispensados.

Com informações de O Globo