General Araújo Lima: RN pode contribuir com medicamentos contra Covid-19

24 de Março 2020 - 06h03
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Para tentar combater a pandemia do coronavírus e reduzir a disseminação do vírus, boa parte da população mundial está em isolamento social. A medida, embora necessária no momento atual, já tem refletido de forma bastante negativa para a economia do Brasil e de vários outros países mundo afora. Pela necessidade urgente em resolver o problema de saúde pública e, como conseqüência, da economia mundial, cientistas de diversos países buscam incessantemente a cura e/ou tratamento eficaz para o vírus. Algumas pesquisas já mais avançadas indicam uma ‘luz no fim do túnel’.

Mas isso todo mundo que acompanha os noticiários já sabe. O que muita gente ainda não sabe é que aqui, no nosso Estado, existe um Núcleo dentro de UFRN que pode contribuir – e muito – para a produção do medicamento que virá a ser a solução para a crise sem precedentes que a nossa sociedade enfrenta. No artigo abaixo, o General Carlos César Araújo Lima aborda a importância do Núcleo de Pesquisa em Alimentos e Medicamentos (NUPLAM), sua capacidade instalada de produção e de logística, além de ressaltar a missão do setor de desenvolver tecnologia de produção e adaptar tecnologias transferidas para a produção de insumos farmacêuticos, medicamentos e higienizantes.

Confira artigo na íntegra abaixo:

A SOLUÇÃO MORA AO LADO NUM ESTADO POTENCIAL

Desde que cheguei ao Rio Grande do Norte, tenho ouvido e lido a frase “este é um Estado com um enorme potencial”. Essa é uma grande realidade. O potencial turístico do RN é incomensurável. Imaginem se o potencial dos monumentos históricos fosse de fato explorado, como fazem alguns países da Europa que valorizam sobremaneira a sua História e seus antepassados? Imaginem se o potencial mineral do nosso Seridó fosse realmente explorado e, para tal, se fosse empregada a mão de obra local? Jamais estaríamos dependendo de qualquer tipo de assistencialismo.

       Nesses tempos de COVID-19, mais uma vez identificamos o potencial do RN sendo desprezado. Há poucos anos, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) dispunha de uma estrutura de fabricação de medicamentos que atendia não somente o mercado potiguar, mas toda a Região Nordeste e até municípios de fora dessa região.

“O Núcleo de Pesquisa em Alimentos e Medicamentos – NUPLAM – é uma Unidade Suplementar, integrante da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN – criado pela Portaria nº 567/91-R, de 30 de abril de 1991, do Magnífico Reitor, definido nos termos do Art. 10 do Estatuto da UFRN como unidade vinculada à Reitoria, com o objetivo de desempenhar atividades de unidade fabril e suporte ao ensino, pesquisa e extensão na área de ciências farmacêuticas”. Assim a UFRN descreve, em seu site, o NUPLAM.

     Como está hoje o NUPLAM? Será que continuará sendo um Núcleo potencialmente capaz? Será que ao passar a crise do CORONAVÍRUS não vamos nos arrepender de não tê-lo empregado oportunamente, ao invés de esperar que o Ministério da Saúde tenha que criar uma nova estrutura?

     Recentemente, em uma de suas várias entrevistas, o Ministro Luiz Henrique Mandetta citou a UFRN como sendo uma excelente ferramenta contra o COVID-19 para o RN, para o Nordeste e até para o Brasil. Certamente ele está esperando que nós, que conhecemos o potencial da nossa Universidade, nos apresentemos com as armas na mão para combater o inimigo comum.

    Estou certo de que, nos próximos dias, a nossa UFRN apresentará o NUPLAM como sendo a solução que está ao lado, muito mais próximo do que esperamos, e colocando em prática o seu enorme potencial na produção não somente de medicamentos, como de álcool gel e/ou quaisquer outro tipo de munição contra essa crise que, se Deus quiser, vamos superar e que transformará o Brasil num país cada vez mais forte e solidário.

JUNTOS, SOMOS SEMPRE MAIS FORTES!!!

Gen CARLOS CESAR ARAÚJO LIMA