Ex-presidente da OAS pede a Toffoli que também suspenda multa de acordo com Lava Jato

02 de Fevereiro 2024 - 05h49
Créditos: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O ex-presidente da OAS Léo Pinheiro foi ao STF nesta quinta-feira (1º), e pediu ao ministro Dias Toffoli que também suspenda a multa aplicada a ele em seu acordo de delação premiada firmado com os integrantes da operação Lava Jato.

Toffoli suspendeu os pagamentos do acordo de leniência firmado pela Novonor, antiga Odebrecht, com a Operação Lava Jato no valor de 3,8 bilhões de reais. Toffoli era chamado por Marcelo Odebrecht, em e-mails internos, de “amigo do amigo do meu pai”, em referência à amizade do ministro com Lula, amigo de Emílio Odebrecht, o pai de Marcelo.

A empreiteira pediu a extensão dos benefícios que foram concedidos por Toffoli à J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, em dezembro de 2023, quando o magistrado suspendeu a multa de 10,3 bilhões de reais aplicada no âmbito da Operação Greenfield.

Na decisão, o ministro do STF afirmou que “a declaração de vontade no acordo de leniência deve ser produto de uma escolha com liberdade”.

Agora, Leo Pinheiro quer utilizar a “jurisprudência Toffoli” para ter benefício semelhante.

Na petição impetrada na tarde desta quinta no STF, os advogados de Léo Pinheiro também pedem acesso à íntegra do material apreendido pela operação Spoofing, que investigou o vazamento de mensagens dos procuradores da operação. Na visão da defesa de Léo Pinheiro, ele foi forçado a firmar um acordo de delação pelos então integrantes da força-tarefa.

Com informações de O Antagonista