Estrela do seriado Chaves já foi guerrilheira antifascista na Europa

02 de julho 2020 - 13h45
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Se com o papel de Dona Clotilde, a Bruxa do 71, do seriado "Chaves", a atriz Angelines Fernández (1922-1994) botou medo ou fez rir crianças de toda a América Latina, na década de 1940 sua reputação era outra. Na juventude, enquanto lutava contra a ditadura militar imposta na Espanha, seu país de origem, ela era reconhecida pelos seus opositores como uma "antifa".

O termo, que voltou à tona recentemente com a onda de protestos pela morte de George Floyd (homem negro morto por um policial branco nos Estados Unidos), remete ao antifascismo e é empregado para denominar indivíduos ou grupos que enfrentam ideologias ou governos antidemocráticos.

Nos dias atuais, os presidentes dos EUA, Donald Trump, e do Brasil, Jair Bolsonaro, consideram os antifas "terroristas" e "marginais" -assim como fazia o ditador espanhol Francisco Franco ao se referir à resistência da qual Angelines participava.

Passado como guerrilheira

O pouco que se sabe a respeito de Angelines como antifascista foi revelado por sua única filha, Paloma Fernández, em algumas entrevistas concedidas após a morte da mãe. Ainda na adolescência, a atriz se aliou a revolucionários republicanos durante a Guerra Civil Espanhola e, na sequência, aos Maquis, uma guerrilha antifascista criada para combater a Ditadura Franquista (1939-1975). 

"Quando atuava na guerrilha espanhola, minha mãe era classificada como antifranquista, então ela precisou deixar a terra natal, considerando que sua vida ficaria cada vez mais difícil", disse Paloma ao portal oficial do programa "Chaves", exibido desde os anos 1970. 

Àquela altura, com o fim da guerra civil, a repressão militar havia se intensificado e, pouco a pouco, os antifascistas eram exterminados. Para não ser fuzilado ou preso (o que, em muitos casos, também significava a morte), era preciso fugir e foi o que fez Angelines. Em 1947, então com 25 anos, a jovem imigrou para Cuba, onde recebeu asilo, e posteriormente para o México.

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Com informações de Universa/UOL