Enquanto EUA perseguem corruptos, Brasil os libera para disputar eleições

01 de Abril 2022 - 19h52
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A notícia foi destaque esta semana nos principais veículos de comunicação do país. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o FBI estão oferecendo recompensa de até US$ 5 milhões (cerca de R$ 24 milhões) a quem fornecer informações que levem à identificação de destinatários de propinas da Odebrecht e da Brasken.

O objetivo dos americanos é “identificar e recuperar ativos roubados, confiscar os lucros da corrupção e, quando apropriado e viável, devolver esses bens roubados ou valores ao país prejudicado pelos atos de corrupção”.

A Odebrecht admitiu em seu acordo de confissão de culpa, com o Departamento de Justiça dos EUA, que pagou US$ 788 milhões em propinas para ou em benefício de funcionários do governo em 12 países, incluindo Angola, Argentina, Brasil, Colômbia , República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela entre 2001 e 2016. A Braskem SA, por sua vez, é a petroquímica criada pela Petrobras em sociedade com a Odebrecht, e também usada no esquema do petrolão.

Ou seja, enquanto nos EUA, continua a perseguição aos corruptos, no Brasil eles estão livres para disputar eleições. Seria cômico, se não fosse trágico. 

Assista abaixo ao meu comentário no Jornal 96 desta sexta-feira (02).