Emissora é processada em R$ 100 mil por confundir amigo morto de funkeira

01 de Dezembro 2020 - 12h09
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No último mês de setembro, Bruno Aurélio Siqueira Brito da Silva, de 37 anos, foi encontrado morto no Rio de Janeiro. Ele era amigo da cantora Jojo Todynho. Noticiando o caso, o jornal do SBT Primeiro Impacto, mostrou, como sendo o assassinado o radialista Bruno Aurélio de Freitas, 50, do interior de São Paulo. O comunicador, que não tem qualquer relação com a vítima ou com artista, agora pede na Justa R$ 100 mil por danos morais.

Na ação, Freitas requer indenização por ter uma fotografia sua utilizads erroneamente em reportagens do SBT e pede ainda que vídeos com sua imagem sejam excluídos do YouTube da emissora. A ação corre na Vara Única da Comarca de Colina do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo desde 15 de outubro.

"Como uma TV do porte do SBT faz uma matéria usando uma foto de alguém que não tem nada a ver com o fato? A matéria trouxe alguns inconvenientes desnecessários", afirma Freitas.

O juiz Fauler Félix de Ávila deferiu, em 11 de novembro, uma liminar pedindo que o SBT tire do ar o conteúdo: "Trata-se de ação de indenização por danos morais ajuizada por Bruno Aurélio de Freitas em face de TVSBT Canal 4 de São Paulo S/A. Narra a parte autora que é pessoa conhecida nos meios de comunicação, pois é profissional de rádio há quase 30 anos. Recentemente, foi surpreendido com notícia amplamente veiculada pela requerida, vinculando a imagem do autor a uma pessoa assassinada no Rio de Janeiro, amiga de Jojo Todynho".

Para o magistrado, "ter a imagem associada à ocorrência de óbito gera inúmeros transtornos". "Defiro a tutela provisória de urgência, para o fim de que a requerida retire do ar, no prazo de cinco dias, a reportagem televisiva em voga ou outra que indique a imagem, nome e profissão do autor, relacionadas ao mesmo fato", definiu o juiz, que estabeleceu um prazo de 15 dias úteis para que emissora apresentasse contestação.

Fonte: Notícias da TV