Em cinco meses, PT é campeão de emendas parlamentares no governo Bolsonaro

15 de julho 2019 - 04h00
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Acusado de usar as emendas parlamentares para "comprar" votos dos deputados federais para aprovar a reforma da Previdência, o governo Jair Bolsonaro (PSL) acelerou o pagamento destas junto ao Orçamento Geral da União nos primeiros cinco meses do ano. Em maio foram quase R$ 600 milhões segundo dados do portal Siga Brasil. Mas, o que chama a atenção, é que o partido mais beneficiado com a liberação de emendas do governo não foi o PSL, legenda do presidente, ou mesmo alguma das siglas do chamado Centrão, bloco de partidos que forma atualmente a maior força política do Congresso Nacional.

A bancada do PT foi a que mais recebeu recursos de emendas entre janeiro e maio deste ano. Ao todo foram liberados R$ 69 milhões para parlamentares petistas, considerando apenas os deputados da atual legislatura. 

Depois vem o PP, maior partido do Centrão, com R$ 51 milhões, segundo do MDB com R$ 47 milhões, DEM (R$ 39 milhões) e PSDB (R$ 35 milhões). O PSL teve de se contentar com R$ 6,7 milhões. A informação foi revelada pelo jornalista Lúcio Vaz em sua coluna na Gazeta do Povo.

"As emendas individuais são usadas para financiar obras de pequeno e médio porte nos redutos eleitorais de deputados e senadores. Tradicionalmente, são usadas como moeda de troca no Congresso. Os parlamentares aprovam os projetos do governo e recebem recursos para suas emendas – o chamado “toma lá, dá cá” da política. O presidente Jair Bolsonaro afirma que não entrará nesse jogo", diz a reportagem.