Em 2018, Haddad não ligou para Bolsonaro e evitou falar em derrota

02 de Novembro 2022 - 04h46
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Ao perder a disputa presidencial para Jair Bolsonaro (então no PSL) em 2018, Fernando Haddad (PT) fez um discurso em 28 de outubro daquele ano em que não reconheceu imediatamente a derrota. O petista tampouco telefonou para o presidente eleito.

“Uma parte expressiva do povo brasileiro precisa ser respeitada nesse momento. Diverge da maioria. Tem um outro projeto de Brasil na cabeça e merece o respeito no dia de hoje”, disse Haddad em 2018.

No dia seguinte, porém, o petista reconheceu que havia perdido a eleição em uma publicação no Twitter“Presidente Jair Bolsonaro. Desejo-lhe sucesso. Nosso país merece o melhor. Escrevo essa mensagem, hoje, de coração leve, com sinceridade, para que ela estimule o melhor de todos nós. Boa sorte!”, escreveu.

Em 2018, o petista teve 44,87% dos votos, contra 55,13% de Bolsonaro. Haddad foi indicado para o posto de candidato depois que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) barrou a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em seu discurso, Hadddad não cumprimentou Bolsonaro pela vitória e disse que faria “oposição colocando os interesses nacionais de todo o povo brasileiro acima de tudo”.

“Nós que ajudamos a construir a democracia, uma das maiores do mundo, temos que ter um compromisso de mantê-la. Não aceitar provocações e ameaças”, disse.

O petista pediu respeito aos 45 milhões de eleitores que votaram nele e agradeceu pela atuação de pessoas que não integravam partidos ou associações políticas e, mesmo assim, se engajaram em sua campanha.

Naquele ano, Haddad também não telefonou para Bolsonaro para cumprimentá-lo pelo resultado, como é comum.

Lula estava preso em Curitiba na época por ter sido condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O STF mudou o entendimento posteriormente e passou a proibir a prisão imediatamente após condenação em 2ª Instância. Lula foi solto em 2019.

Poder 360