Drone autônomo pode ter atacado seres humanos por "vontade" própria

06 de Junho 2021 - 15h15
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Um drone militar pode ter atacado alvos humanos de maneira autônoma pela primeira vez na história. Segundo um relatório do Conselho de Segurança da ONU, o robô atingiu soldados leais ao general líbio Khalifa Haftar em março deste ano.

O relatório não deixa claro se algum soldado morreu durante o incidente, mas reforça que o drone de inteligência artificial Kargu-2, fabricado pela empresa de tecnologia militar turca STM, selecionou e atacou seres humanos sem a supervisão de um operador.

“Os sistemas de armas autônomas letais foram programados para atacar alvos sem exigir conectividade de dados entre o operador e a munição: na verdade, eles possuem uma real capacidade de encontrar e disparar, utilizando algoritmos de aprendizagem de máquina”, diz um trecho do relatório da ONU.

Máquinas mortíferas

O Kargu-2 é um drone que atua em modo ocioso, usando um sistema de visão computacional para classificar e selecionar objetos ou pessoas possivelmente hostis. Ele também possui um recurso avançado que permite que até 20 drones trabalhem juntos durante uma missão não tripulada.

Quando está em modo de espera, o Kargu-2 consegue pairar e cobrir longas distâncias até detectar um possível alvo. Para especialistas, eles funcionam como uma espécie de campo minado aéreo, pronto para atacar quando julgam que ameaças em potencial se aproximam de um determinado perímetro.

Dados do relatório da ONU apontam que conflitos recentes entre Armênia e Azerbaijão e entre Israel e o Hamas, na faixa de Gaza, utilizaram armas autônomas com o Kargu-2 de forma extensiva e sem a supervisão humana durante missões de combate.

Fonte: Olhar Digital