Deputada encontra câmeras escondidas em quarto de hotel em Brasília

18 de Abril 2024 - 06h47
Créditos: Reprodução TV Record

 

A deputada Dayany Bittencourt (União Brasil-CE) encontrou microcâmeras instaladas em um flat alugado por R$ 6.200 mensais em um apart hotel em Brasília. Segundo a parlamentar, 8 dias após ela ocupar o imóvel, cinco câmeras foram encontradas, uma delas no banheiro. “Eu me senti sendo invadida. Me senti que ali eu não era mais eu. Só em pensar que alguém me viu tomando banho. Eu cheguei doente, debilitada, foi horrível. Eu estou com trauma até hoje”, desabafou.

As imagens do momento em que os equipamentos foram localizados por assessores da parlamentar estão gravadas em vídeo. Algumas das câmeras estavam escondidas em sensores de fumaça. “Ao sentar no sofá, eu olhei para cima e encontrei a primeira câmera. Daí a gente começou a procurar outras câmeras. Encontramos câmeras no banheiro, apontada para o guarda-roupas, para a cama, etc”, afirmou Ricardo Rocha, assessor da parlamentar.

A descoberta das câmeras ocorreu em agosto de 2023, mas estava em segredo de Justiça. As impressões digitais colhidas nos equipamentos levaram a polícia até o técnico responsável pela instalação das câmeras. No depoimento, ele confirmou ter feito a instalação na unidade. O técnico também lembra da “câmera no banheiro”, e que isso, “chamou sua atenção”.

O antigo proprietário do imóvel, vendido há quase 4 anos, também foi ouvido. Ele disse que “instalou as câmeras porque suspeitava que a camareira estava subtraindo objetos” e que “sequer se lembrou de informar a atual proprietária”. Ele negou ter acesso as imagens.

A imobiliária responsável pela locação não quis comentar o assunto e se limitou a dizer que o caso corre em segredo de Justiça e eles foram orientados pelo advogado a não falar. O hotel também não se posicionou até o momento.

De acordo com a polícia, até o momento, não foram encontrados registros de que os quase 350 gigabytes de imagens das câmeras tenham sido acesssados. Outra dificuldade apontada seria a qualidade das imagens. O delegado que passou a responder pelo caso, não quis coentar, mas disse que vai pedir perícia adicional para tentar descobrir se imagens podem ter sido gravadas à distância, pela internet.

Com informações de R7