Covid: RN precisa abrir leitos urgentemente ou entrará em colapso, diz Sesap

11 de Maio 2020 - 13h01
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O sistema de saúde do Rio Grande do Norte já passa por um momento crítico devido à falta de leitos e a grande demanda de pacientes diagnosticados com covid-19 e precisando de leitos nos hospitais públicos estaduais. Atualmente há 32 solicitações de internação vindas de hospitais do interior do Estado ou das UPAs, segundo dados repassados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap).

Dessas 32 solicitações, duas são de pacientes prioridade 1 (que precisam imediatamente de uma UTI) e 8 são de prioridade 2 (pacientes graves que precisam de UTI). Segundo o secretário-adjunto de Saúde do RN, apesar disso a situação ainda não significa que o RN entrou em colapso.

“Isso não quer dizer que nós estamos em colapso, significa que nós estamos superlotados Qual é a diferença? A diferença é que a gente considera colapso quando chega paciente em hospitais e não tem mais respirador, aí é colapso, porque a mortalidade nessa hora vai aumentar demais”, explica.

Um grande risco para o sistema público de saúde do RN, segundo o secretário, é que os pacientes que são internados em UTI ficam pelo menos 14 dias ocupando o leito, enquanto os novos pacientes que precisam desses leitos continuam chegando em grande quantidade nos hospitais. “Fica muito claro que, se a gente não abrir leitos urgente, nós vamos entrar mais do que em superlotação, nós vamos entrar em colapso”, explicou Spinelli.

NOVOS LEITOS

Para essa semana, segundo ele, está prevista para Mossoró a abertura de 10 novos leitos de UTI no Hospital Tarcísio Maia, 5 no Hospital Rafael Fernandes e mais entre 15 e 20 leitos no Hospital São Luiz - estes ainda sem previsão.

Em Natal a previsão é que sejam abertos essa semana 15 novos leitos de UTI no Hospital da Polícia, 12 leitos no Hospital Giselda Trigueiro e devem ser credenciados outros 10 leitos privados destinados para o SUS até o próximo final de semana.

Também devem ser abertos mais 10 leitos em Caicó e mais 8 leitos em Pau dos Ferros essa semana.

“Para cada um desses leitos que estão previstos para essa semana, ainda há respiradores disponíveis, entretanto, se nós continuarmos crescendo o número de pacientes graves nós vamos chegar ao ponto de não termos respiradores para montar novos leitos. Por isso que essa semana também estamos tentando conseguir respiradores a mais, porque ainda temos uma margem estrutural para abrir leitos de UTI com respiradores”, explicou.