Covid-19: Estados vão apelar para que Saúde determine restrições em todo o país

27 de Fevereiro 2021 - 03h25
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O presidente do Fórum de Governadores, Wellington Dias (PT), governador do Piauí, afirmou nesta sexta-feira (26) que os governos estaduais farão um apelo ao Ministério da Saúde para que determine medidas restritivas em todo o Brasil a fim de conter o avanço da covid-19.

De acordo com Dias, os sistemas de saúde de 20 estados e do Distrito Federal estão no limite ou já entraram em colapso. "E não há como um estado socorrer o outro neste momento. Por isso, os governadores estão apelando ao Ministério da Saúde para que ordene medidas restritivas em todo o país”, disse.

Pelo menos 12 estados e o DF adotaram — ou anunciaram que ainda adotarão — novas restrições para conter o aumento de casos e mortes pela covid-19.

O país enfrenta um crescimento sem precedentes da quantidade de casos e de mortes pela doença. Estados relatam situação crítica devido à ocupação recorde de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Sete estados anunciaram toque de recolher erestrição de atividades: Bahia, Ceará, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte e São Paulo. Outros cinco (Acre, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) e o DF anunciaram ou mantiveram endurecimento de restrições a comércio e serviços não essenciais.

Nesta sexta-feira (26), o presidente Jair Bolsonaro disse durante viagem ao Ceará que os governadores que decidirem "fechar o estado" devem bancar o auxílio emergencial.

Questionado sobre o tema, Wellington Dias afirmou não acreditar que o Congresso Nacional aprovará o retorno do auxílio seguindo critérios como esse. "Vinte estados e o Distrito Federal estão à beira de um colapso com falta de leitos, hospitais numa situação de superlotação, óbitos elevados, um país que ultrapassou 250 mil óbitos. O Congresso Nacional aprovará o auxílio emergencial para garantir, como sempre foi, para todos os brasileiros".

Para Dias, os governadores estão adotando restrições que "levam em conta a situação do emprego, mas a preocupação com a vida". O objetivo, afirmou, deve ser evitar a transmissão ainda maior do novo coronavírus.

Fonte: G1