Com tumor no cérebro, socialite em prisão domiciliar terá saúde investigada

20 de Março 2022 - 05h01
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A Justiça determinou que a socialite Anne Cipriano Frigo, 46, seja submetida com urgência à perícia médica oficial para saber qual é o seu estado atual de saúde. Segundo a polícia, ela mandou matar o namorado Vitor Lúcio Jacinto, 42, e atualmente está beneficiada com a prisão domiciliar. 

Anne está internada no Hospital Israelita Albert Einstein (zona oeste de São Paulo) e, de acordo com o advogado Celso Vilardi, a cliente tem um tumor no cérebro e o estado de saúde dela é gravíssimo.

A decisão judicial foi tomada na quarta-feira (16), após o MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) receber relatos anônimos de uma pessoa que supostamente seria da equipe do Einstein, que disse que a socialite está em alta médica, mas faz tratamento quinzenal no Einstein para se beneficiar da prisão domiciliar e poderia ser tratada na cadeia. Segundo o mesmo relato, ela teria planos de fugir e sair do país. O MP solicitou apuração do caso.

O Hospital Israelita Albert Einstein informou à coluna que não foi notificado pela Justiça sobre as denúncias. "O hospital reforça também que, por questões de sigilo e privacidade, não fornece informações sobre seus pacientes sem prévia autorização", diz a nota enviada pela instituição. O advogado Celso Vilardi considerou a situação como "lamentável".

Segundo as investigações, Anne mandou matar o namorado porque descobriu ter sido traída. O corpo de Vitor foi encontrado em 16 de junho de 2021 na região do Jardim São Luís, zona sul paulistana. O corretor de imóveis Carlos Alex Ribeiro de Souza, 39, foi preso e acusado de ser o autor do crime. 

A socialite estava presa desde 18 de agosto de 2021 na Penitenciária Feminina de Sant'Anna, no Carandiru, zona norte. Anne passou mal na prisão e, em 5 de outubro, já em prisão domiciliar, foi submetida a cirurgia no Einstein para a retirada de um tumor no cérebro.

O promotor de Justiça Nelson Pereira dos Santos considerou os relatos anônimos extremamente graves e encaminhou requerimento à Justiça solicitando a intimação da ré para, no prazo de 24 horas, entregar seu passaporte em juízo. O advogado Celso Vilardi disse que o documento já foi entregue há meses. 

A juíza Ana Carolina Munhoz de Almeida, da 3ª Vara do Júri, deferiu o pedido do promotor de Justiça e também mandou oficiar a Polícia Federal para que "providencie o necessário a fim de que a ré seja impedida de deixar o país".

Com informações de UOL