
O presidente do comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o japonês Yoshiro Mori, anunciou nesta sexta-feira (12) sua renúncia ao cargo, após a polêmica provocada por seus comentários sexistas na semana passada.
"Minha declaração provocou muito caos. Desejo renunciar como presidente a partir de hoje. Vou renunciar ao cargo de presidente do comitê", disse Mori, durante seu discurso na reunião realizada nesta sexta em Tóquio, a primeira parte da qual foi aberta à mídia.
O ex-primeiro-ministro do Japão (entre 2000 e 2001), de 83 anos, fez o anúncio na reunião dos conselheiros e da diretoria executiva do órgão encarregado de Tóquio 2020, convocada para discutir as consequências dos comentários de Mori.
O sucessor não foi anunciado.
Mori disse no dia 3 de fevereiro que mulheres "têm dificuldades" em ser concisas e "têm o espírito de competição". "Se uma levanta a mão [para falar], as outras acham que também devem se expressar. É por isso que todas acabam falando".
"Se você aumenta o número de membros executivos do sexo feminino, e se seu tempo de palavra não estiver limitado em certa medida, terão dificuldade para terminar, o que é irritante", afirmou Mori, ao reclamar que "os conselhos de administração com muitas mulheres levam muito tempo".
O chefe da Olimpíada ainda agradeceu porque, segundo ele, as mulheres do comitê organizador "sabem ficar em seu lugar".
O presidente do comitê organizador dos Jogos, pediu desculpas no dia seguinte à sua própria declaração.
Com informações do G1