CGU não consegue ligar Bolsonaro a fraude vacinal

19 de Janeiro 2024 - 03h42
Créditos: Agência Brasil

Ao concluir que é falso o registro de vacinação do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, a Controladoria Geral da União (CGU) não encontrou, entre os depoimentos dos envolvidos, indícios de autoria do ex-presidente sobre o esquema de adulteração do documento.

“Também foram feitas oitivas de funcionários em serviço na UBS no dia 19/07/2021, mas todos negaram ter visto o ex-Presidente da República no local. Da mesma forma, negaram conhecer qualquer pedido feito para registrar a imunização do então Chefe do Poder Executivo”, diz publicação no site da CGU.

A Controladoria afirmou ainda que as investigações revelaram o envolvimento de agentes públicos federais e municipais com o esquema e, ainda, do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República. Mas os depoimentos são inconclusivos sobre a autoria intelectual da fraude e sobre a participação de cada suspeito no esquema.

A suposta participação de Cid ficou por conta de consulta que teria sido feita por ele a um dos agentes ouvidos na investigação “verificado o enlace entre gov.br e o conecteSUS”. Em sua oitiva, o homem que teve a identidade preservada, afirmou: “que não conhece o sr. Mauro Cid ou lembra de ter tido contato com ele”. 

A CGU afirmou então que “apesar das extensas investigações, não foi possível se chegar a uma conclusão sobre quem teria efetuado o registro falso”.

A nota técnica expôs que os dados referentes à vacinação de Bolsonaro – supostamente realizada no dia 19/07/2021-, foram notificados a partir da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (PRODESP). A Polícia Federal segue investigando o caso.

Com informações de Diário do Poder