Caso Marcelinho: Mulher diz que sequestradores ameaçaram 'estourar miolos'

20 de Dezembro 2023 - 03h12
Créditos: Reprodução/Redes Sociais

Taís Moreira, amiga de Marcelinho que foi sequestrada junto do ex-jogador, falou sobre o caso ao Cidade Alerta, da TV Record.

"Só eu sei o que passei lá dentro com uma arma na cabeça. A pessoa falando que vai furar seus miolos, ameaçando bater na gente, cortar um dedo, foi muito sofrimento, terrível. Eu não quero ficar olhando rede social, vídeo onde eu estava. Eu preciso primeiro passar por uma psicóloga para ver como estou", Taís Moreira, mulher que foi sequestrada junto com Marcelinho.

O que mais ela falou

Taís apresentou o mesmo argumento de Marcelinho, alegando que ambos foram forçados a gravar o vídeo que circulou nas redes sociais, onde o ex-jogador diz que se envolveu com uma mulher casada, ela reforça a fala logo em seguida, e que foi sequestrado pelo marido dela.

A mulher justificou que os sequestradores receberam um áudio ordenando que ela e Marcelinho gravassem esse vídeo depois que perceberam que a Polícia Militar havia descoberto o cativeiro.

Ela negou que tenha um relacionamento amoroso com Marcelinho. Taís disse que eles são apenas amigos.

Vídeo gravado no cativeiro. "Eles receberam um áudio para fazer o vídeo. O áudio dizia: 'Já que a nossa casa caiu, a deles vai cair também. Fala que o marido mandou sequestrar'. Era mais para despistar, porque a polícia ia fazer investigação de quem seria o marido, etc. E aí colocaram lençol, um ficou apontando arma, outro o celular e um em cima da cama com a coberta. E aí disseram: "A forma que falarmos vocês vão repetir, vamos jogar nas redes sociais."

Só amizade com Marcelinho. "Eles [sequestradores] perguntaram minha rede social, se eu era casada e eu disse que estava separada. Perguntou quem era o Márcio [ex-marido], viram vídeos. Eles perguntaram o que a gente era [ela e Marcelinho]. Eu falei que éramos amigos, que não tinha nada a ver. Daí eles falaram: 'Então deita aí e fica quietinha'".

'Não foi um encontro'. "Não foi um encontro [com Marcelinho], porque quando fala encontro, parece que foi algo que não é. Eu desci, fui pegar os ingressos, ele pediu para eu entrar para ele falar as coordenadas, em qual portão era para entrar, essas coisa. Quando se fala encontro, é bom esclarecer".

Coronhada em Marcelinho. "O Marcelinho estava contando como era, e foi quando ele falou: 'fica quieta que estão vindo três caras, vou descer para você sair'. E na hora que eu ia descer eles já falaram: 'perdeu'. O Marcelinho desceu dizendo quem ele era, mas eles [sequestradores] disseram que não queriam saber, deram uma coronhada no olho do Marcelinho, me pegaram, me colocaram no banco de trás, pediram pra baixar a cabeça, e aí ficou o Marcelinho no banco da frente".

Entra e sai de pessoas. "Lá era um entra e sai. Toda hora entrava gente, ficavam bebendo, fumando, usando drogas. Não sei se eram os mesmos ou se tinha essa troca. De ficar entrando e saindo eram mais ou menos sete, oito, dez pessoas. De mulher tinham mais ou menos quatro ou cinco, mas não sei se ficaram com a gente, porque ficava esse falatório. Não deixavam a gente em nenhum momento sozinhos. Falavam em código".

Orações. "Só quem passa que sabe qual o sentimento. Meu sentimento ali foi orar muito, clamar muito pro Senhor, pedir muita misericórdia, orar e que pudesse sair de lá bem, vivos. Não sabemos a intenção, o que se passa na cabeça deles, o que está acontecendo aqui fora, não sabia com quem estavam meus filhos, eles estavam sozinhos. Tinham momentos que eu chorava e não conseguia me controlar, uns [sequestradores] pediam para eu me acalmar".

Segurou a mão de Marcelinho. "Não podíamos falar nada. Ele [Marcelinho] ficava mais sentado, quando começava a chorar e lembrar da família, eu segurava um pouco a mão dele. Mas não podíamos nos olhar, o tempo todo era de capuz".

Com informações do UOL