Brasileira diz que foi estuprada por filho de presidente da Corte espanhola

08 de Novembro 2023 - 04h06
Créditos:

Uma brasileira de 27 anos denunciou ter sofrido violência sexual praticada por três homens na Espanha. Entre os investigados, está o advogado Cándido Conde Pumpido Varela, 35, filho do atual presidente do Tribunal Constitucional espanhol, o equivalente ao Supremo Tribunal Federal no Brasil. O caso é investigado pela polícia espanhola.

Cándido Varela e os outros dois envolvidos na denúncia foram presos na última sexta-feira (3). Mas a Justiça do país determinou que eles fossem soltos no domingo (5), de acordo com informações do jornal local El Mundo. Os nomes dos homens que estariam com o advogado não foram divulgados. Todos negam o crime.

A brasileira teria sido convidada pelo grupo para a casa de Cándido Conde. O nome da mulher não foi divulgado. Segundo o jornal El País, ela trabalha como garota de programa.

Na denúncia feita à polícia, e mulher contou que os homens não cumpriram o acordo e a agrediram sexualmente. Ela também acusa o trio de roubar o seu passaporte.

As agressões sexuais teriam acontecido na madrugada da sexta-feira. Ela mesma acionou a polícia por volta das 10h. No local, os agentes seguiram o protocolo para vítimas de violência sexual.

A brasileira foi encaminhada para o Hospital La Paz e passou por exames que indicaram que ela havia sido estuprada, publicou o El Tempo.

Apesar da prisão, dois dias depois, os envolvidos no caso foram soltos após a defesa de Cándido entregar imagens das câmeras de segurança de sua casa, em Madri. Na avaliação do juiz, "as imagens fornecidas por Cándido Conde-Pumpido, obtidas pelas câmaras de segurança da sua casa, distorcem a versão dada pela vítima".

Defesa diz que vai processar brasileira

A defesa de Cándido Conde, feita pelo advogado Ricardo Álvarez, confirmou à EuropaPress que vai processar a mulher por apresentar uma "denúncia falsa".

Ricardo Álvarez explicou que o seu cliente e a brasileira teriam se conhecido há alguns dias, mas que não tinham nenhum "relacionamento". "Parece que ela não teve nenhum tipo de relação com ele naquele dia e, se teve relações anteriores, ela mesma declarou que foram consensuais", afirmou. Além disso, ele disse que a mulher pensava que poderia ter uma relação amorosa com o seu cliente e que estaria muito "insistente", publicou o La Vanguardia.

Brasileira diz que advogado estava agressivo

A brasileira afirmou, em entrevista exclusiva ao jornal Vozpópuli, que o filho do presidente do Tribunal Constitucional "ficava louco e agressivo quando juntava drogas e remédios".

Ela contou que a relação deles teve início no dia 19 de outubro e que teriam se conhecido em uma boate espanhola. "A partir daí sempre namoramos, mas não imaginava que tudo isso iria acontecer", diz.

"Não sou a prostituta de Cândido", falou ao jornal.

A mulher negou que sempre tenha sido paga para ter relações sexuais com ele. "Tivemos uma relação muito intensa todos esses dias, mas ele nunca me pagou por sexo, de jeito nenhum", reafirma a suposta vítima. Ela esclareceu que os outros dois homens trabalham para Cándido.

A brasileira ressaltou que está magoada e desesperada desde que prestou queixa. Ela também garantiu que tem provas de sua relação com o advogado. "Vamos ver aonde ele vai com todas as mentiras", alertou. "Estou muito chocada com tudo o que aconteceu", lamenta. A brasileira admitiu que confia no tratamento da justiça para que sua versão dos acontecimentos seja verificada.

Com informações do UOL