Bolsa perde R$ 215 bi desde eleição, o mesmo que 71 Fundos da Amazônia

17 de Novembro 2022 - 12h32
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Enquanto o noticiário tenta se desdobrar para entender o tamanho do problema fiscal para os próximos anos de governo Lula, os ativos da bolsa de valores brasileira derretem. Segundo um levantamento feito pelo TradeMap, a pedido do Metrópoles, as maiores empresas já perderam R$ 215 bilhões desde o último dia 28 de outubro, véspera do segundo turno presidencial.

Embora a perda seja virtual e reflita mais o humor do mercado do que o próprio momento das empresas, o dinheiro que se desfez nas últimas semanas seria suficiente, por exemplo, para compor 71 Fundos da Amazônia iguais aos que os países europeus congelaram em 2019, quando consideraram que as pautas climáticas do governo brasileiro não estavam de acordo com os preceitos do fundo.

A empresa que mais perdeu valor no período analisado foi a Petrobras (PETR4), com queda de R$ 64 bilhões em pouco mais de três semanas. A petroleira sofre, primeiro, com a perspectiva pior para os juros e inflação, decorrente do problema fiscal, o que deve afetar sua capacidade de crescimento.

E, segundo, sofre com a incerteza sobre como o próximo governo, o maior acionista da Petrobras, vai gerenciar as suas decisões estratégicas – basta lembrar que o plano de controlar os preços dos combustíveis por meio do uso do caixa da empresa esteve na pauta do governo de Jair Bolsonaro e foi, de fato, praticado por Dilma Rousseff, em sua última gestão à frente do país.

O retrato do Ibovespa poderia ter sido pior, não fosse o fato de que a Vale (VALE3), maior empresa do índice de ações local, ganhou R$ 68 bilhões desde as eleições, por fatores que estão mais ligados a um plano desenvolvimentista da China para o setor de aço e construção civil.

Com informações do Metrópoles