
A Polícia Civil do Rio já identificou um dos principais suspeitos de envolvimento na morte do policial José Antônio Lourenço Júnior, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), durante uma operação na Cidade de Deus, na segunda-feira (19). O nome apontado é Ygor Freitas de Andrade, conhecido como “Matuê”, integrante da cúpula do Comando Vermelho.
O agente foi atingido fatalmente na cabeça por um disparo feito por um atirador posicionado atrás de uma “seteira” — buraco em parede usado por criminosos para disparar sem se expor. Ele participava de uma operação que investigava uma fábrica de gelo clandestina, alvo de denúncias por crimes ambientais e contra a saúde pública.
Durante a ação, 30 escolas e duas unidades de saúde foram fechadas. O Disque Denúncia oferece recompensa de R$ 5 mil por informações sobre o autor do disparo. A Polícia Civil interditou duas fábricas: uma na Cidade de Deus e outra em Jacarepaguá, ambas com condições insalubres e uso de água sem tratamento. A Cedae recolheu amostras para análise.
O velório do policial foi realizado na terça-feira (20), no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. Segundo a Secretaria de Polícia Civil, 70% das fábricas vistoriadas em 2024 apresentaram irregularidades.