Ataque ocorreu após “anos de tratamento discriminatório”, diz Amorim

09 de Outubro 2023 - 03h03
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Celso Amorim (foto), assessor especial internacional da Presidência da República, afirmou que o ataque do Hamas contra Israel não se justifica, “mas não pode ser visto como um fato isolado”.

“Vem depois de anos e anos de tratamento discriminatório, de violências, não só na própria Faixa de Gaza, mas também na Cisjordânia”, disse à Folha.

“Isso não justifica, volto a dizer, mas o que eu vejo é que o resultado dessa atitude, do aumento dos assentamentos israelenses, é a dificuldade de avançar no plano de paz”, acrescentou.

Para o ex-chanceler, os governos de Israel, ao “deixaram de lado o processo de paz”, acabaram “gerando essa situação”.

No sábado, como publicamos, o Itamaraty divulgou uma nota condenando os bombardeios. Sem citar o Hamas, o governo brasileiro expressou “condolências” aos familiares das vítimas e pediu moderação.

Já o presidente Lula disse ter ficado “chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas. Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas”.

O presidente não citou diretamente o Hamas.

Com informações do O Antagonista