Após reitor do IFRN nomeado pelo MEC, Fátima fala em “reação” e lembra ditadura

20 de Abril 2020 - 13h54
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A governadora Fátima Bezerra se pronunciou pela primeira vez nesta segunda-feira após a notícia da nomeação do Josué Moreira de Oliveira como reitor temporário do Instituto Federal de Educação e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub. O detalhe é que Josué sequer participou das eleições.

Para ela, a escolha do professor Josué dá ao instituto um interventor no lugar do reitor eleito, que foi o professor José Arnóbio de Araújo. “Conversei com o professor Arnóbio, o reitor de fato e de direto do nosso IFRN, e expressei toda a minha solidariedade e meu apoio à vontade soberana da comunidade acadêmica e escolar que o elegeu por maioria de votos”.

“Quando imaginaríamos que o nosso Instituto Federal seria desrespeitado em sua autonomia e na decisão livre e legítima de escolher o seu representante máximo, como vem ocorrendo desde a redemocratização? Voltamos às trevas mesmo. Os que não apreciam a democracia interferem nos espaços soberanos Brasil afora, com mãos de ferro, numa cena digna dos períodos de opressão e de cerceamento da ditadura militar”, disse Fátima.

“E aí eu pergunto: Onde vamos parar? Onde eles querem chegar? Em pleno século XXI temos o passado opressor e o presente que nos dá a democracia como bússola. É preciso reagir à altura. Aos professores, funcionários e estudantes do IFRN, estamos juntos. Meu irrestrito apoio e minha solidariedade”.

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