Alvo de Gilmar Mendes, Pazuello é elogiado por Governo Fátima, diz Folha

19 de julho 2020 - 03h37
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Com sua possível saída comentada publicamente por membros do governo, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, tem apoio quase unânime entre os secretários estaduais da área, que não estavam tão alinhados aos antecessores. Dos 27 secretários de Saúde do Brasil, 17 disseram à coluna Painel, da Folha de S. Paulo, que aprovam o trabalho do general. Os demais não foram encontrados ou não responderam. O vice-presidente Hamilton Mourão disse que Pazuello deve ser trocado em agosto.

Representantes de Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Distrito Federal, Espírito Santo, SP, Ceará, Tocantins, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraíba, Alagoas, Pernambuco, Goiás, Pará e Acre elogiaram o trabalho de Pazuello. Muitos deles são de governos de oposição a Jair Bolsonaro.

Os principais traços positivos destacados na administração são o pragmatismo, a organização logística e abertura para receber demandas.

Alguns secretários salientam, porém, que Pazuello só pode ser elogiado por seu trabalho na crise. "Precisamos começar a pensar num projeto de saúde para o país. Não vejo um projeto estruturado. Para além de nomes, o que interessa é um projeto", diz Carlos Martins, do Ceará.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes criticou a militarização do Ministério da Saúde e o desempenho do governo de Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia do coronavírus, elevando a pressão para que o ministro interino da pasta, o general Pazuello, deixe a função. Se isso ocorrer, será a terceira troca no comando do órgão desde abril.

Com informações da Folha