
A decisão monocrática do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que trancou a ação penal eleitoral contra Geraldo Alckmin (PSB) por suposto recebimento de caixa 2 da Odebrecht, ainda não livrou completamente o vice-presidente eleito das acusações envolvendo pagamentos ilícitos da empreiteira.
Alckmin ainda é réu em uma ação de improbidade administrativa que tramita na Justiça de São Paulo, na qual é acusado de enriquecimento ilícito pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), por supostamente ter recebido R$ 7,8 milhões da Odebrecht por meio de caixa 2 na campanha de 2014, quando foi reeleito governador de São Paulo.
A ação tramita sob segredo de Justiça na 13ª Vara da Fazenda Pública, com a juíza Luiza Barros Rozas Verotti.
Ao contrário da ação penal trancada por Lewandowski nessa segunda-feira (19), que estava na 1ª Zona Eleitoral de São Paulo e envolvia as campanhas de 2010 e 2014, a ação de improbidade movida pelo MPSP em 2018 não fez uso do acordo de leniência da Odebrecht para obter provas.
A colaboração da empreiteira foi o pretexto usado pelos advogados de Alckmin, e acolhido pelo ministro do STF, para afirmar que a ação contra o vice-presidente eleito pelos crimes de caixa 2, corrupção e lavagem de dinheiro estava contaminada pelo uso de provas consideradas nulas pela própria Corte.
Com informações de Metrópoles