A CURIOSA SINA DA TAÇA JULES RIMET

15 de julho 2019 - 19h31
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O destino da taça Jules Rimet é conhecido. Após o Brasil ficar com a posse em definitivo depois de vencer os mundiais de 1958, 1962 e 1970, a taça feita de prata e ouro passou a ser exposta numa redoma de vidro na sala de troféus da Confederação Brasileira de Futebol. Em 1983, o troféu foi roubado e, embora tenham descoberto os autores, a peça nunca foi recuperada. Prevaleceu a tese de que foi derretida, embora tanto tempo depois a FIFA permaneça sem acreditar nessa história.

Antes desse episódio, dois outros sumiços aconteceram com o mesmo troféu. Com o início da Segunda Guerra Mundial, a taça estava na Itália que havia vencido o mundial de 1938, porém, em local incógnito. Benito Mussolini ordenou seus soldados que buscassem e encontrassem a taça.

Anos depois, se descobriu que quem salvou a taça de cair nas mãos do nazi-fascismo foi o dirigente italiano Ottorino Barassi, que a gaurdou numa caixa de sapatos debaixo de sua cama, não sendo descoberta sequer quando da busca pelos soldados de Il Duce na casa do dirigente. Em 1946, no primeiro congresso da FIFA após a guerra, o troféu foi apresentado, intacto.

Vinte anos depois, a Inglaterra estava aflita. A Copa do Mundo começaria em junho daquele ano e a taça Jules Rimet, original, tinha sido roubada do Methodist Central Hall, de Westminster.

A Rainha chamou de “escândalo”. A Scotland Yard virou o país ao avesso. Até que na manhã de 27.03.1966, um cão com 4 anos de idade, de raça Collie e chamado Pickles saiu para passear com o seu dono, David Corbett, quando de repente, o cão meteu-se debaixo de um arbusto e farejou um pacote. O dono, ao abrir o embrulho, se deparou com um troféu um pouco pesado e começou a ler “Uruguai, Itália, Alemanha, Brasil”. Tomou um susto e gritou: - “É a Taça do Mundo!!!”.

Pickles tornou-se um herói! Apareceu nas capas de jornais e revistas, estrelou um filme, fez propagandas na TV e ganhou um ano de ração, gratuita, paga pelos patrocinadores da Copa.

Como uma estrela, Pickles seguiu o lema relacionado ao mito James Dean “Live Fast, Die Young” (Viva rápido, morra jovem). Morreu, tragicamente, um ano depois, ao perseguir um gato e a sua coleira prendeu-se num galho de árvore, pendurando-o e sufocando-o. Morreu como um herói!”.

Créditos de Imagens e Informações para criação do texto: “As melhores histórias do futebol mundial” (Sérgio Pereira); “Política, propina e futebol” (Jamil Chade).