Vídeo de Eduardo irrita ala do PL que prefere Michelle ou Tarcísio

02 de Junho 2025 - 15h13
Créditos: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

Um vídeo publicado pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), sugerindo sua candidatura à Presidência em 2026, causou desconforto entre lideranças da cúpula do PL. O motivo principal: o filho 03 de Jair Bolsonaro sequer mencionou o pai na gravação, o que acirrou divisões internas no partido.

Em conversas reservadas, integrantes da sigla afirmaram que o vídeo evidencia um racha entre os que apoiam Eduardo e os que preferem nomes como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) como cabeça de chapa.

Na gravação, Eduardo faz uma releitura da história do Brasil, citando períodos como o Império e a República Velha, além de nomes como Getúlio Vargas. Ele defende que “ainda há esperança” e propõe um “reencontro do brasileiro consigo próprio”. A omissão de Jair Bolsonaro foi mal recebida por uma ala do partido, que vê o gesto como tentativa de se desvincular da imagem do ex-presidente — hoje réu no STF e inelegível até 2030.

Essa ala defende que Eduardo dispute o Senado por São Paulo, abrindo espaço para outro nome encabeçar a chapa presidencial. Já os aliados mais próximos do ex-presidente avaliam que só alguém da família pode garantir uma eventual anistia a Bolsonaro, caso retorne ao poder.

Nos EUA desde fevereiro, Eduardo tem atuado nos bastidores junto a aliados do ex-presidente Donald Trump e critica duramente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ele se tornou uma opção viável para parte do PL, diante da incerteza sobre outros nomes.

Entre os nomes fora do núcleo familiar, Tarcísio de Freitas desponta como favorito, mesmo dizendo que deve concorrer à reeleição em São Paulo. Já Michelle Bolsonaro é vista por aliados como o único nome da família com potencial de agregar fora da base bolsonarista mais fiel.

Outros governadores da direita, como Ronaldo Caiado (União-GO), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Eduardo Leite (PSD-RS), também se movimentam como pré-candidatos, tentando ocupar o espaço deixado por Bolsonaro.

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