"Valor aplicado renderá mais que na conta do FGTS”, destaca especialista

09 de Agosto 2019 - 06h49
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A liberação do saque do FGTS, anunciado nesta semana pelo Governo Federal, veio como uma boa notícia para os trabalhadores que não esperavam uma renda extra no período. De acordo com a estimativa da Caixa Econômica Federal, mais de R$ 357 milhões estarão disponíveis para saque a partir de setembro no Rio Grande do Norte. O pagamento é feito de acordo com um calendário prévio estabelecido, mas os trabalhadores devem ponderar sobre essa possibilidade.

De acordo com Daniel Carvalho, contador e sócio da Rui Cadete Consultores, o saque pode ser um bom negócio. “Mesmo que a pessoa não pretenda gastar, o valor aplicado renderá mais que na conta do FGTS”, destaca. Porém, dependendo do autocontrole do usuário, o ideal pode ser deixar o dinheiro guardado para evitar gastos desnecessários. “Uma dica muito importante é não utilizar esse dinheiro para novas compras sem antes quitar dívidas já adquiridas”, aponta o especialista.

O valor que poderá ser sacado é de até R$ 500,00 e o ideal é que este dinheiro seja utilizado para regularizar dívidas, como indica Daniel. De acordo com Serasa Experian, mais de 370 mil pessoas têm dívidas de até R$ 500,00 no Rio Grande do Norte e o FGTS pode quitar esta pendência ou, caso o valor seja maior, auxiliar na regularização dela.

No entanto, se o intuito do saque é investir em uma opção mais vantajosa que tenha rendimentos melhores, o usuário deve analisar outras possibilidades além da já conhecida poupança. Uma solução que se assemelha aos benefícios da poupança e ainda garante outras vantagens são as Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito Agropecuário.

“Os investimentos em LCA e LCI são os mais indicados para substituir a poupança, pois rendem um pouco mais, possuem isenção de imposto de renda e garantia pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) até o limite de R$ 250 mil”, explica Daniel Carvalho.

Além do saque no limite de R$ 500,00, o Governo Federal também permitiu o saque que pode ser realizado anualmente de acordo com o aniversário do usuário, o chamado saque-aniversário. A modalidade, no entanto, deve ser vista com cautela, já que há algumas mudanças previstas para o uso do FGTS futuramente. Os que optarem por essa forma, por exemplo, não poderão retirar o saldo total da conta, em caso de demissão sem justa causa.