VÍDEO: Cuca nega participação em estupro: 'Por que devo desculpas à sociedade?'

22 de Abril 2023 - 04h59
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Cuca foi apresentado como novo técnico do Corinthians na tarde desta sexta (21) no CT Joaquim Grava. Do lado de fora, protestos pela contratação do treinador por causa da condenação a 15 meses de prisão por estupro de Sandra Pfaffli, de 13 anos, em um hotel em Berna, na Suíça, em 1987, quando era jogador do Grêmio. 

Cuca foi questionado sobre o tema na primeira pergunta da coletiva.

"É um tema delicado, um tema pessoal meu, mas eu faço questão de falar sobre ele e tentar ser o mais aberto possível quanto a isso dentro do que me cabe. Ocorreu a 37 anos atrás, em 87, eu era emprestado do Juventude ao Grêmio, devia estar no clube há 15 dias. Tenho vaga lembrando do que aconteceu. Tinha 23 anos na época, nós iríamos jogar uma partida e pouco antes subiu uma menina para o quarto que eu estava com outros jogadores. Essa foi minha participação nesse caso, sou totalmente inocente, não fiz nada. As pessoas falam que houve um estupro, houve um ato sexual a um vulnerável, isso foi a pena que foi dada. A gente vê um monte de coisas falando inverdades, chegam a ofender".

Por que não se defendeu? "O meu erro foi não ter me defendido. Primeiro, eu não tinha dinheiro para me defender, segundo que eu nem soube que tinha sido julgado. Ficamos lá para averiguação. Por três vezes ela esteve lá na frente, e não é que não me reconheceu é que eu não estava. A vítima é a moça: 'O rapaz não está'. Se a vítima fala que não está, e eu juro por Nossa Senhora que é o que eu mais adoro e amo na vida que não estava, como que eu posso ser condenado pela internet que no mesmo momento que te julga, te pune?".

Protestos pela contratação: "Eu venho e tem o protesto, claro que é cabível o protesto dentro de tudo que é lido e passado, mas é isso. Hoje tem repórteres que já discuti com eles. 'Cuca você deve uma desculpa para a sociedade', por que eu devo uma desculpa? Se eu não fiz nada, por quê? Dois anos e meio depois eu fui jogar ali do lado, na Espanha. Nunca teve consequência nenhuma. A vida passou 37 anos, nos últimos dois ou três ela mudou de uma forma melhor, essa causa que está existindo eu quero abraçar também até por proteção da minha família, das minhas meninas. Tudo isso machuca muito. Do fundo meu coração, pode ter protesto, pode ter o que for, não é maior que minha vontade de estar aqui".

Com informações de UOL