Documentos do Tribunal de Contas da Bahia (TCE-BA) apontam indícios de irregularidades na compra de respiradores por R$ 49 milhões pelo Consórcio do Nordeste. Segundo parecer prévio, auditoria tem “achados que caracterizam uma gestão temerária de recursos públicos”. O material faz parte de documentação em análise pela CPI da Covid na Assembleia Legislativa. O parecer prévio no qual constam estas informações foi um dos elementos técnicos que fundamentou a análise pelo TCE-BA, em agosto deste ano, das contas de 2020 do governador da Bahia, Rui Costa.
Em seu voto, a relatora e conselheira do TCE-BA, Carolina Costa, disse que as contratações realizadas “com pagamentos antecipados de valores elevados, sem a devida avaliação do risco de inadimplência dos fornecedores” e ainda “sem adoção das devidas garantias nos instrumentos contratuais”, os quais já previam “condições extremamente desfavoráveis ao comprador”.
Segundo o parecer, embora parte dos valores pagos antecipadamente sem a correspondente entrega tenha sido devolvida por empresas contratadas, “ainda permanecem pendentes de recebimento” valores correspondentes a aquisições realizadas, por exemplo, com a Hempcare Pharma, no valor de R$ 48,7 milhões. Essa compra foi rateada entre os Estados que integram o Consórcio e para a qual o RN destinou R$ 4,9 milhões. Os respiradores foram pagos à empresa, mas não chegaram a ser entregues, inclusive ao Rio Grande do Norte.
Com informações da Tribuna do Norte