Sessão na Câmara é encerrada mais cedo após tumulto e bate-boca sobre caso Marielle

27 de Março 2024 - 06h19
Créditos: Reprodução/TV Câmara

A sessão no plenário da Câmara dos Deputados foi encerrada mais cedo nesta terça-feira (26) devido a um tumulto entre parlamentares que discordavam sobre o adiamento da análise da prisão do deputado Chiquinho Brazão (RJ). Ele está preso desde domingo (24) por suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes.

A confusão começou quando o deputado Éder Mauro (PL-PA) subiu à tribuna para falar sobre o caso. No discurso, ele defendeu Jair Bolsonaro dizendo que o ex-presidente "foi perseguido por comunistas" e sugeriu que o assassinato de Marielle foi planejado por alguém ligado à esquerda.

Em seguida, Éder Mauro exibiu uma imagem de Chiquinho Brazão durante a campanha de reeleição de Dilma Rousseff (PT) em 2014. "Esse defunto [Marielle Franco] é de vocês", concluiu, apontando para os parlamentares do PSOL.

Com isso, deputados alinhados à esquerda protestaram contra a fala do deputado. "Respeite a Marielle. Brazão fez campanha para o Bolsonaro", respondeu a deputada Jandira Feghali (PCdoB-PR). 

Ao descer da tribuna, Éder Mauro mostrou a foto de Chiquinho Brazão para o grupo de deputados do PSOL, PT e PCdoB. Alguns deputados tentaram tirar a foto de suas mãos, até que o deputado Alencar Santana (PT-SP) conseguiu arrancar a folha de Éder Mauro e rasgou o papel.

A ordem do dia já estava encerrada, no entanto, ainda havia expectativa de pronunciamento de deputados. Diante do embate e do tumulto generalizado, o deputado Gilberto Nascimento (PSD-SP), que presidia a sessão, decidiu encerrá-la.

Com informações do R7

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