'Queria atirar no rosto': disse mãe que matou assassino de sua filha no tribunal

13 de Maio 2024 - 09h14
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Há mais de 40 anos, o caso de uma mãe que vingou a morte da filha em um tribunal na Alemanha se tornou mundialmente conhecido e dividiu a opinião pública na época.

Em 6 de março de 1981, a alemã Marianne Bachmeier, então com 30 anos, acompanhava o terceiro dia de julgamento do assassino confesso de sua filha de 7 anos, Anna.

De dentro do tribunal, na cidade de Lübeck, ela disparou oito tiros de arma de fogo contra o criminoso, Klaus Grabowski.

"Eu queria atirar no rosto dele. Infelizmente, eu o acertei nas costas. Espero que esteja morto", disse Marianne após os disparos, segundo apurado pela Deutsche Welle. Na ocasião, Grabowski morreu na sala do tribunal e Marianne foi presa sem resistência.

Dois anos depois, em 2 de março de 1983, Marianne foi condenada a seis anos de prisão por porte ilegal de arma e homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Com o veredito, o tribunal seguiu o argumento da defesa de que o crime não havia sido planejado.

Não se pode tratar homicídio culposo e doloso da mesma maneira, pois isso faria de todo soldado um assassino. Para mim o 'como' é muito importante. Eu tive que ouvir quando o assassino de minha filha descreveu a forma como ele a matou. Apertou o pano ao redor do seu pescoço cada vez mais forte. Aí eu atirei.
Marianne Bachmeier, em entrevista divulgada pela Deutsche Welle

"Eu não queria ir ao julgamento. Eu teria de depor sobre o caráter de minha filha. Fui ameaçada até de aplicação de medidas disciplinares no caso de ausência, o que era uma provocação. Ninguém deveria se surpreender com o que aconteceu", justificou a mãe a um apresentador de uma rádio europeia depois de sair da prisão, conforme divulgou a DW.

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Com informações do UOL