Produção industrial potiguar volta a cair em abril

21 de Maio 2021 - 13h36
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A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN, revela que, no mês de abril, a produção industrial potiguar voltou a cair, após ter registrado aumento no mês anterior. Com esta, são três retrações em 2021: janeiro (47,8 pontos), fevereiro (44,3 pontos) e abril (42,5 pontos).

Acompanhando o desempenho negativo da produção, o nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI) caiu de 67% para 65% entre março e abril, e foi considerado pelos empresários consultados como abaixo do padrão usual para meses de abril, comportamento que se vem repetindo ininterruptamente desde agosto de 2018.

Já o índice de evolução do número de empregados ficou em 51,9 pontos, demonstrando crescimento, após uma sequência de três meses consecutivos apontando queda. Além disso, os estoques de produtos finais voltaram a cair e ficaram abaixo do nível planejado pelo conjunto da indústria. De uma forma geral, as expectativas seguem otimistas, apesar de não terem evoluído favoravelmente em maio.

Os empresários ainda esperam crescimento da demanda, do emprego, das compras de matérias primas e da quantidade exportada para os próximos seis meses. Já o índice de intenção de investimento do conjunto do setor, voltou a crescer em maio – aumento de 4,6 pontos na comparação com abril e de 16,7 pontos em relação a maio de 2020.

Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se, em alguns aspectos, comportamentos divergentes, e que continuam sugerindo maior dificuldade das indústrias com menos de 50 empregados na atual conjuntura de crise. As pequenas indústrias apontaram queda no número de empregados; os estoques de produtos finais caíram e ficaram abaixo do planejado; e preveem redução na demanda, no número de empregados, nas compras de matérias-primas e estabilidade nas exportações nos próximos seis meses. Já as médias e grandes empresas assinalaram aumento no pessoal ocupado; os estoques subiram e continuaram acima do desejado; e vislumbram crescimento na demanda, no emprego, nas compras de insumos e nas vendas externas nos próximos seis meses.

Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 20/05 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais apontaram que a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou em 68% em abril de 2021, percentual idêntico ao do mês anterior; o número de empregados registrou estabilidade em relação ao mês anterior (indicador de 50,0 pontos); e o índice de intenção de investimento mantém-se praticamente inalterado há três meses: estava em 55,8 pontos em março, oscilou para 55,7 em abril e voltou para 55,8 pontos em maio.