Stéphanie Frappart, Neuza Back e Karen Diaz Medina. Nunca antes a assinatura do trio de arbitragem na súmula de uma partida teve tamanha importância. Afinal, foram 92 anos de espera. Nesta quinta-feira, elas fazem história: são as primeiras mulheres árbitras a comandar um jogo da Copa do Mundo masculina de futebol.
O trio de arbitragem conduz o confronto entre Alemanha x Costa Rica, no estádio Al Bayt, pela última rodada da fase de grupos do Mundial no Catar
De um lado do campo, o técnico da Alemanha, Hansi Flick, apoiou o pioneirismo de Frappart. De outro, o técnico Luis Fernando Suárez, da Costa Rica, exaltou a representação da conquista para as mulheres no futebol.
"Eu confio 100% nela. Acho que ela merece estar aqui", disse Flick.
"Sou um admirador profundo de tudo que as mulheres têm conquistado e acho que elas têm que continuar conquistando. Especialmente nesse esporte que é muito sexista. É difícil atingir esse espaço e acho que é um passo positivo para o futebol", destacou Suárez.
A presença de mulheres na arbitragem do Mundial feminino tornou-se uma imagem comum, mas em meio aos homens, a competição parecia distante de uma mudança. Em sua última edição, por exemplo, em 2018, na Rússia, foram 99 nomes convocados - entre juízes e assistentes. Nenhuma mulher.
Quatro anos depois, das 129 pessoas escolhidas pela Fifa para a Copa de 2022, há seis mulheres: Neuza Inês Back (Brasil), Karen Diaz Medina (México), Yoshimi Yamashita (Japão), Stephanie Frappart (França) e Kathryn Nesbitt (Estados Unidos).
Com informações de GE