Presidente da CPMI do 8 de janeiro confirma que imagens do Ministério da Justiça foram apagadas

30 de Agosto 2023 - 12h03
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As imagens da câmera voltada para o estacionamento do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, assim como de outras internas não enviadas à Comissão Parlamentar de Inquérito do 8 de janeiro, já não existem. A informação foi passada pelo ministro Flávio Dino ao presidente da CPMI, deputado Arthur Maia, segundo este. A justificativa é a de que o sistema de gravação dessas câmeras só preserva as imagens por 15 dias e depois elas são sobrepostas por novas gravações. 

O exercício do poder de política conferido à comissão depende de agentes da Polícia Federal, mas o MJSP se recusou a cedê-los.

Em seu estilo conciliador, Maia tenta minimizar o problema, alegando que “todo mundo já sabe que tinham quatro batalhões da Força Nacional” no estacionamento, “e que esse efetivo não foi empregado na defesa da Esplanada”. O próprio diretor da FNSP confirmou a disponibilização do efetivo de 214 agentes, além de 24 veículos e dois drones. No relatório que enviou à CPMI, diz que só enviou dois batalhões (60 homens) para tentar retirar os vândalos e que o restante foi usado para impedir invasões ao edifício-sede do MJSP e seus anexos, mas não há imagens que comprovem qualquer tentativa de invasão do local — por isso as imagens seriam importantes.

Senadores e deputados querem convocar a depor o delegado Ivair Matos Santos, assim como o comandante do batalhão de pronto emprego da FNSP, coronel Sandro Augusto de Queiroz, mas os governistas resistem.

Com informações de Jovem Pan News