Potigás garante que GNV ficará mais barato a partir de janeiro de 2020

22 de Maio 2019 - 04h15
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A Assembleia Legislativa discutiu, na tarde desta terça-feira (21), a composição do preço e o consumo do Gás Natural Veicular (GNV) no Rio Grande do Norte. De iniciativa do deputado Coronel Azevedo (PSL), a audiência pública buscou debater o tema com entidades do setor a fim de encontrar soluções para tornar o mercado do RN mais justo e competitivo.

Segundo Coronel Azevedo, o Brasil inteiro vem discutindo o preço do GNV, e o RN, como importante produtor, deve viabilizar o debate, enfrentando os desafios contidos na temática e proporcionando a participação popular”.

Ainda de acordo com o parlamentar, a audiência foi reivindicada por consumidores de Gás Natural do RN. “Portanto, essa pauta deve ser ampliada no Legislativo, em busca do acesso universalizado ao assunto”, concluiu.

A presidente da Companhia Potiguar de Gás (Potigás), Larissa Gentile, prestou esclarecimentos à população, além de tornar públicas decisões tomadas após reunião com a governadora Fátima Bezerra (PT).

“No encontro com a governadora, acordamos duas medidas imediatas: os veículos oficiais passarão a fazer uso do Gás Natural, a fim de aumentar o consumo no estado; e será criado um grupo de trabalho para discutir outras questões relacionadas ao GNV no RN”, detalhou a presidente.

Ela disse ainda que, além de pensar a médio e longo prazo, é preciso encontrar também medidas de curto prazo, já que todos da área continuam com suas obrigações financeiras.

Concluindo seu discurso, Larissa Gentile revelou que já existe compromisso firmado e garantiu que o gás ficará mais barato, a partir de janeiro. “Mas nós ainda não estamos satisfeitos. Continuamos buscando medidas para hoje, agora”.

Já o Secretário de Desenvolvimento do Estado, Jaime Calado, ressaltou que, desde que assumiu a secretaria, declarou guerra aos altos preços do GNV no RN. Segundo ele, não existe outra justificativa para os preços abusivos, a não ser as políticas equivocadas da Petrobras.

“Esse GNV vai baixar, porque um conjunto de fatores vai levar a isso. E o que vai ser determinante será que, com o crescimento da produção, só haverá duas opções: ou vender barato ou queimar o produto”, disse o secretário.

Já Antônio Cardoso Sales, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do RN (SindiPostos RN), explicou a realidade e as expectativas da categoria.

“Quando o empresário não enxerga viabilidade econômica em determinado setor, é claro que ele não irá investir. Por isso, esperamos que saiam daqui políticas de incentivo ao consumo e que tragam uma segurança tanto para quem vai converter o produto quanto para quem vai empreender nesse ramo”, externou.

O diretor executivo da Fecomércio, Jaime Mariz, falou da importância do diálogo entre as partes envolvidas, a fim de se chegar a um entendimento, em prol do desenvolvimento do Rio Grande do Norte. “Não há saída para essa crise se não houver parcerias saudáveis entre Governo e empresários, para que estes possam investir, gerar emprego e, então, trazer mais consumo e mais arrecadação de imposto para o estado. É o chamado círculo virtuoso”, detalhou.

Representando a Ordem dos Advogados do Brasil/Seccional RN (OAB/RN), o Dr. Pedro Petta esclareceu que a instituição tem feito reuniões com órgãos do setor, para encontrar soluções. “Tanto os donos de postos, quanto os convertedores e consumidores finais não estão tendo benefício nenhum. E não é compreensível que o RN, como produtor de GNV, tenha o maior preço do Nordeste. É preciso encontrar uma saída para esse problema, urgentemente”, disse o advogado.