‘Pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta, que não tô nem aí', diz Tarcísio sobre denúncias de irregularidades da PM

08 de Março 2024 - 14h57
Créditos: Célio Messias/Governo do Estado de SP

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nesta sexta-feira (8) que a Operação Verão está sendo feita com profissionalismo e inteligência e minimizou as denúncias de funcionários da Saúde de Santos de que corpos de mortos na Operação Verão da PM na Baixada Santista são levados como vivos para hospitais para evitar perícia.

"Sinceramente, nós temos muita tranquilidade com o que está sendo feito. E aí o pessoal pode ir na ONU, pode ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não tô nem aí", disse o governador.

Nesta sexta-feira (8), a ONG Conectas e a Comissão Arns denunciaram o que chamam de "operações letais e escalada da violência policial na Baixada Santista, em São Paulo, promovida pelo governador". A denúncia foi feita durante a 55ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra (Suíça).

"O governador Tarcísio de Freitas promove atualmente uma das operações mais letais da história do estado: a Operação Escudo", afirma Camila Asano, da Conectas, na denúncia.

Tarcísio afirmou, entretanto, que o estado irá investigar as denúncias.

"Tem uma questão de denúncia, vamos investigar. Agora, nós precisamos de fato saber o que realmente aconteceu. Não há nenhum interesse da nossa parte em confrontar ninguém. Nós tínhamos lá na baixada uma série de barricadas que foram removidas. Locais em que o poder público não entrava. Hoje a gente retirou todas as barricadas. A gente está restabelecendo a ordem. Não existe progresso sem ordem."

 
 
 
 
 
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O governador foi questionado sobre o tema após agenda na capital para divulgar um pacote de ações voltado às mulheres.

Durante a coletiva de imprensa, Tarcísio ainda negou que o governo tenha recebido denúncias de irregularidades e defendeu a operação.

"Nossa polícia é extremamente profissional (...) A gente está fazendo o que é correto."

Os relatos foram revelados pelo g1 e pela TV Globo na quarta-feira (6).

No dia seguinte, na quinta (7), o Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), do Ministério Público de São Paulo, abriu uma notícia de fato para investigar o caso.

Com informações do G1