
Com um valor médio de R$56, Natal ocupa a primeira colocação das capitais do Nordeste entre os maiores preços de refeições fora de casa. A pesquisa, divulgada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefício ao Trabalhador (ABBT), mostra que o trabalhador gasta em média 35% da renda em alimentação fora do lar, considerando o salário médio da região em R$2.104,00 e saída durante 22 dias do mês.
Para William Eufrário, economista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), esse valor elevado pode ser principalmente associado à constante busca por insumos fora do território potiguar e necessidade de um maior planejamento na operação.
“Nesse setor de alimentos, as perdas são grandes. Principalmente se você não fizer um planejamento e um acompanhamento minucioso”, explica.
Em todo Brasil, Florianópolis (SC) foi a capital que registrou o preço médio mais alto, atingindo R$ 62,54. Outras capitais que se destacaram foram o Rio de Janeiro (RJ), com R$ 60,46, e São Paulo (SP), onde o preço médio foi de R$ 59,67.
No levantamento nacional, a pesquisa da ABBT mostra que a média do brasileiro na refeição completa fora de casa é de R$51,61. Apenas na região Nordeste, a média cai para R$49,09, ainda com um aumento de 13% na comparação ao ano passado. O Sudeste ocupa a primeira colocação entre os gastos médios, com R$54,54. Nas demais regiões, as médias ficam em R$48,91 no Sul, R$45,51 no Norte, e por último R$45,21 no Centro-Oeste.
William Eufrásio mostra que é possível diminuir esse comprometimento de renda com alimentação fora do lar com pequenas ações. De acordo com o economista, é necessário pesquisar e buscar opções mais baratas quando for oportuno.
“É preciso observar locais que vendem esses alimentos, apresentando uma qualidade aceitável e com um preço mais barato. Outra questão é fazer substituição pela boa e velha marmita, que muitas vezes pode ser até mais saudável do comer ficar comendo fora”, explica.
Segundo os cálculos de William Eufrásio, essas ações praticadas pelo menos uma vez por semana podem gerar uma redução para até 25% no impacto da renda do consumidor.
Com informações de Tribuna do Norte